~Palavras Cotidianas.

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"Nós, homens do conhecimento, não nos conhecemos; de nós mesmos somos desconhecidos."

-

''Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.''


Friedrich Nietzsche






Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais.

- José Saramago.


no surprises...

12 de março de 2013

Lutas em vão?



“-Sabe aquela menina nova, que todo mundo acha o máximo?

-Sei, o que que tem?!

-Ontem, no parquinho, ela me disse que você era fofoqueira, e que falou mal de mim, mas como eu sou sua amiga e não acredito nela, acho melhor a gente ficar de olho aberto!
Olha ela ali, rindo e apontando para a coitada daquela menina, sentada sozinha e vermelha de vergonha!
E os outros, rindo como se ela fosse a dona da verdade!!

-Ah sério?! Não acredito que ela foi capaz de fazer isso!! Eu nunca nem sequer conversei com ela!
Coitada da menina, não tem culpa de ser tímida e não falar com ninguém..que vaca metida!!

-Eu confio em você!! Você tem mais do que razão para ficar com raiva dela!
Vamos fazer o seguinte? Que tal se a gente pegar o facebook dela, e espalhar para todo mundo que ela é super fácil, rouba namorado das outras e ainda por cima, é fofoqueira e maldosa?

-Mas como vamos fazer isso??! Vão ver que somos nós, e vai ficar feio pro nosso lado...imagina a vergonha!

-Ah, mas é só criar uma conta falsa, e postar fotos e evidências!
Vamos falar de tal forma que todo mundo vai acreditar! As pessoas acreditam sempre no pior, e se colocarmos de forma lógica, vão cair que nem patinhos na nossa lagoa!

-Ah, então vamos! Aquela vaca vai ter o que merece!!!”



E é assim que começa.
Como num dominó, em que uma peça empurra a outra, até todas estarem no chão.
Mas, na maioria desses casos de intrigas e inveja, sempre sobra uma ou duas peças de pé, olhando para as outras, deitadas no chão como simples poeira, sem importancia nenhuma, a não ser terem lutado e terminado a guerra, a guerra de outra pessoa.

Muitas vezes, em uma discussão, uma pessoa acaba concordando com a outra pessoa, simplesmente pela admiração, pela fala eloquente, pela paixão com que o interlocutor expõe suas idéias.
Quem resiste a argumentos sólidos? Ou, até onde essa pessoa acredita, um fato?
Muitos ideais e sonhos são adquiridos dessa forma.

Temos que ter certeza, ao emprestar a luta de alguém, do PORQUE estamos lutanto aquela luta específica.
Será simplesmente de emprestarmos a emoção da outra pessoa, e sentir aquela indignação?
Será por nos sentirmos, por nossa vez, enganados, ludibriados e feito de bobo da corte?
Será por puro tédio, pela emoção de criticar, pela paixão de brigar, pela vontade de ser contra alguma coisa, ter um motivo para gritar?

Quem pára por um instante, e analisa o porque de estar protestando, o porque de estar brigando, o porque de estar argumentando?

Será que, no calor da conversa, não acabamos nos vendendo por pouco?
Comprando os ideais de outrem, pelo modo como esse ideal foi exposto?
Quem respira fundo, e na hora do calor, se pergunta o porque de estar indo, com as cores da guerra e pedras nas mãos, o porque de estar protestando?

O que quero dizer é que, muitas vezes vemos numa discussão, pessoas que defendem como loucas um ponto de vista, e quando confrontadas sobre os motivos, elas tem as palavras decoradas, como tiradas de uma cartilha escolar.
Jogam essas palavras frágeis e descuidadas no rosto da pessoa que confrontou ela, e recua cada vez mais para um caminho sem saída.

Como essas garotas...Quem disse que a garota nova realmente disse aquilo?
Vamos chamá-las de A, B e C.
A garota A é a que relatou algo, um suposto acontecimento.
A garota B é a que acreditou na A.
E a garota C é a suposta vaca.

Vamos colocar dessa forma...
A garota A alegou que a C falou mal da melhor amiga, e estava desprezando a garota paisagem.
Jogou a bomba e teve o momento perfeito para apresentar um fato, que seria como a garota C era simplesmente uma vaca que desprezava qualquer um.
E a garota B comprou a idéia, acreditou nos fatos expostos e, por sua vez, sentiu a raiva e a revolta de estar sendo uma suposta vítima.
Mas não procurou saber se era verdade.
Não tentou simplesmente se aproximar, quem sabe perguntar diretamente, de forma calma, o porque de estar espalhando mentiras a seu respeito.
Ou, de forma mais sutil, não tentou conhecer melhor a situação, se aproximar e analisar o perfil da garota C.
Será que a garota B foi esperta e, apesar do que foi dito, procurou se informar melhor?
Será que a garota B perguntou à garota A se ela defendeu a suposta “amiga”, será que perguntou o porque da garota C ter feito aquilo?
Nãao, ela simplesmente adotou a idéia e adorou se sentir uma vítima, uma pobre coitada que nunca fez um nada para ninguém.
No meio dos holofotes, cabia à garota B tomar uma atitude.
Ela, ela e ela.
E como um peãozinho num jogo, onde cada peça tem seu lugar, lá foi ela.

Mas quem prova que a vaca C realmente mugiu aquilo tudo?
Ou se o fez, o porque de ter feito?
De certa e qualquer forma, não interessa, certo?
Ela tinha uma razão para ladrar, se sentir magoada e agitar suas emoções.
Finalmente, ela tinha uma desculpa para se levantar e criticar, meter o pau mesmo, porque ELA E-R-A A V-Í-T-I-M-A.
Não questionou, não averiguou.
Simplesmente, aceitou.


Muitas vezes vejo perfis falsos de acusações, de protestos.
Vejo pessoas que concordam com coisas, sendo que muitas vezes tem o rabo preso e sujo.
Vejo pessoas que roubaram e implicaram, que sujaram as mãos na merda, e estão lá, esbravejando contra tudo o que podem esbravejar.
E quer saber o que?
Tenho pena dessas pessoas.

Porque ainda não discutimos o papel da menina A.
Ela é a peça que fica de pé, quando todas as outras caem.
Ela continua rindo, porque outros se indignaram e lutaram sua luta, enquanto ela contemplava a platéia se mordendo, de longe, sem se sujar.
Ela soltou a bola no campo, e deixou que as bestas se atirassem, empurrando e saltando, para alcançar e pegar essa bola.
Porque se voce parar para questionar essas pessoas que se sujam para lutar essa luta, e perguntar o motivo, o lugar e se tem certeza, elas vão lançar simples argumentos que podem ser falsos.
E como folha soprada ao vento, esses argumentos ficam à deriva.
Mas com certeza? Cadê a certeza?
Talvez, em algum ponto da estrada, um pouco de raciocínio invada a mente da pessoa furiosa, e ela se pergunte se tudo aquilo pelo que ela lutou era real.
Mas ela nunca vai saber, porque nunca parou para ouvir o outro lado.

E porque quando se está com raiva, ou você ouve o que quer ouvir, ou tudo o que ouvir, será somente mais uma mentira ao seus ouvidos.

28 de fevereiro de 2013

Acabei de assistir Patch Adams.
Dica maravilhosa, e destronou um dos tops 10 do meu mundo, A Sociedade dos Poetas Mortos.
Também interpretado por Robin Williams.
Embora isso não importe, não realmente.
Às vezes eu me pergunto, o que leva pessoas a desafiarem o mundo, e o sistema.
Se elas começam aos poucos, mudam o que as cercam, e depois partem para o mundo.
Como uma selva, um planeta desconhecido, onde existem fantasmas, doenças e sofrimentos, e ainda assim, partem, com coragem no peito e sonhos no coração.
Pessoas que não se limitam, pessoas que sentem bem sendo quem elas são.
Pessoas que tiveram dúvidas, e muitas vezes quiseram desistir, mas então lembraram que o mundo as esperava.
Que a vida continua, indomável, e muitas vezes, insuportável para muitas pessoas.
Pessoas que contaram com o apoio de quem as amava, admiravam.
Pessoas loucas e obssessivas.
Puras em seus ideais, talvez.
Claro, se não houvesse um pouco de glamour, não viraria história. Filme, livro, música...
Mas independentemente do que Hollywood aproveitou da jornada desses megalomaníacos que fazem do mundo um pouco mais especial, essas pessoas exxistiram. Lutaram, sofreram, foram humilhadas até.
Penso em pessoas que não saíram em noticiarios, em pessoas que não tem biografias no topo da lista de vendas do país, ou do mundo.
Penso em pessoas que voltam para casa, cansadas, mas que acordam novamente, com uma chama no peito e a vontade de continuar tentando, continuar insistindo, mesmo com motivos egoístas, por vezes superficiais, mas que mudam as vidas de algumas pessoas.
Em algum post perdido, por aqui, eu sei que tenho um post em que digo que quero sorrir, mesmo quando tudo estiver desmoronando, que quero manter a máscara e ser gentil, porque sei que a pessoa que está recebendo meu sorriso ou mesmo minhas palavras, essa pessoa pode estar passando por alguma situação difícil, e então, se sentir um pouco animada, amparada, quem sabe atté mesmo se sentir motivada.
Em algum ponto da minha vida, eu sentia o sol e queria que todos sentissem esse mesmo calor.
A diferença entre pessoas que lutam para mudar o sistema que não as agradam, é que essas pessoas continuam tentando.
Mesmo que em algum ponto elas se sintam fracas, de alguma forma elas conseguem colocar um pé na frente do outro, e seguir o caminho.
Nada de atalhos, nada de desvios.
Nada de paradas à beira da estrada, para reclamar e se lamentaram.
 Enfim, eu estava animada, estava com algo na cabeça, mas me distraí, e de novo, fugiu.
Dessa vez, a culpa não é da minha distração.

27 de fevereiro de 2013

Something More















"Sometimes I get so tired,
Just trying to find a place,
To lay my head,
I look up to the sky,
I feel the warmest light comfort me,
I've seen the great heights,
Reminding me...

That I'm alive,
I don't wanna die,
I don't wanna waste another day,
Or night,
I know there's something more,
Than what we're living for,
I see it in the stars,
I feel it on the shores,
I know there's something,
I know there's something more.

I think we're all afraid,
That we might be alone,
Alone down here,
We all want to have some faith,
At least that's true in my case,
To just believe,
I've seen the great height,
Reminding me...

That I'm alive,
I don't wanna die,
I don't wanna waste another day,
Or night,
I know there's something more,

This world may crumble,
Into the ocean,
It could all end tonight,
I undermined you,
Then tried to find you,
My only source of light,
There breathing,
I am alive,
Breathing,
I am...

Alive,
I don't wanna die,
I don't wanna waste another day or night,
I know there's something more,
Than what we're living for,
I see it in the stars,
I feel it on the shore,
I know that I'm alive,
I don't wanna die,
I don't wanna waste another day,
Or night,
I know there's something more,
Than what we're living for,
I see it in the stars,
I feel it on the shore,
I know there's something more..."




Estive lendo posts antigos, assistindo minhas mudanças, palavras por palavras.
Me deparei com um post, de um bom tempo atrás...
Falava sobre uma música, que tinha encontrado ao procurar uma outra, e que depois nunca mais

vi/ouvi a mesma versão, no youtube.
Curiosa, lembrando qual música era, fui à caça.
Encontrei uma ou outra, versões ao vivo, e fui buscar pela letra da música, uma vez que poderia ser

de outro cantor...
Essa procura me levou ao vídeo do título.
Something More.

Eu estive lendo meus posts, e embora eu saiba que o abismo me espreita, a cada passo, e ameaça me

engolir, tenho lidado com ele muito bem.
Estou ignorando tudo, e mergulhei fundo na negação, no meu próprio egoísmo que, a essas alturas,

não é mais novidade para ninguém.
Critico coisas das quais logo me arrependo, e afundei na rotina que, antes, eu acusava as pessoas de

estarem, quando poderiam estar em uma situação muito melhor.
Me lembrei das vezes em que, sem pensar mesmo, eu simplesmente sentia.
Sentia o sol em minha cara, e ficava feliz.
Sentia o vento frio, e ficava feliz.
Sentia a chuva, a dor, a alegria, e tudo me fazia feliz.
Está aqui, em algum quarto afastado, empoeirado, eu sei.
Simplesmente passei a ignorar, o melhor traço que havia em mim:

A vontade de ver, sentir, saber.
A certeza de que por mais triste eu pudesse estar, por mais solitária que minha alma pudesse se

sentir, por mais deprimida, eu sempre aproveitei tudo dentro de mim.

Não existe LUZ sem a ESCURIDÃO, nem bondade sem maldade, nem alegria sem tristeza.
O grande QUE da vida é saber aproveitar de tudo o que existe.

Podemos aprender com tudo isso, podemos lidar com tudo.
Estou viva.

Meu desanimo vem do fato de eu ser uma pessoa que questiona demais, e acha que tem todas as

respostas.
Vem da amargura e da descrença no ser humano.
Digo sempre para que nunca generalizem, mas eu própria generalizo TUDO.
Vi em alguns posts escrito que "Eu sei que tem pessoas com lutas mais dignas, e blablabla, e eu sei

disso e daquilo, sei, sei, sei.
Mas a dor é minha, e sou eu quem luto..!", ou algo do gênero.

Me senti mesquinha. infantil. egoísta.
Coisas que eu sei que sou, e admito, mas dessa vez, eu senti vergonha.
Porque eu sei, que se EU QUISER, eu posso aprender japones, espanhol, inglês e o que mais eu

quiser aprender.
Eu sei que com a minha paixão, eu posso lutar, e posso tentar fazer a minha diferença.

Tive muitas épocas em que acreditei que pudesse fazer a diferença...
Para as pessoas ao meu redor, para as pessoas ao redor das pessoas que eu influenciasse.
Talvez fosse minha parte megalomaníaca, com delírios de grandeza e poder falando mais alto, um

mais alto bonzinho, mas ainda assim, obssessivo.
Mas quando vi que as pessoas que eu amava não entendiam, e não queriam mudar, quando a

fórmula para melhorar estava esfregando a bunda na cara delas, não aceitavam, eu deixei de lado,

como tudo.
Como uma empolgação que não deu certo, eu esqueci. Ignorei. Deletei.

Mas como todo sentimento deixado de lado, essa pequena empolgação embolorou, e virou um

monstro verde e mal cheiroso.
Virou uma amargura.

Eu ainda posso tentar, eu ainda posso fazer, mas eu me conformei em na minha certeza de que o

mundo não merece ser salvo.
Me concentrei nas pessoas que deixam que o ódio e a estupidez dominem mais da metade do

mundo.
Aceitei a afirmação cruel de que cada um vive conforme o que pode, e quer.
Eu me concentrei no meu ódio contra a ignorancia, e olha lá, quando digo ignorancia, não quero dizer:

"1.    falta de conhecimento ou saber
2.    falta de instrução

(Do latim ignorantĭa-, «idem»)

ignorancia In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-02-27].
Disponível na www: .".

Quero dizer o item 03, desse mesmo link, que diz "3.    incompetência; imperícia".

Pessoas que não se esforçam em nada para melhorar, lutar, tentar.
Antes, dizia a mim mesma que mesmo essas pessoas são necessárias, pois como escrevi acima: NÃO

EXISTE SOMBRA SEM LUZ. ou vice versa.

Mas encarando estupros, abuso de crianças, roubos de quem já não tem mais do que ser roubado,

tristeza e guerras de gabinetes, pessoas matando porque foram enviadas para matar, em nome de

uma luta que não comprou...
Encarando ideais despedaçados e sonhos corrompidos, doenças criadas pelo desleixo, e o

sentimentos como desanimo, desesperança, ódio, no olhar de pessoinhas tão pequenas, e em olhos de

pessoas que andam curvadas pelo peso da idade, do compromisso e da vida...

Encarando a falta de sentido de uma vida, em que você nasce programado para morrer, vive com

medo da morte, e morre aos poucos sem viver...

Trabalho, estresse, corrida contra o tempo, e quando vê, já é tarde demais.
O sol brilhou, e ignorou. O vento agitou os cabelos, que agora já não tem.
Filhos crescidos, que você nao viu crescer.
Lutando por pedaços de papéis impressos, moedas de metal falso e fabricado, jóias e bugigangas

adquiridas com o suor, lágrimas e sangue de outros.
Ganância e estupidez escondidas por trás de peles de animais, adquiridas da natureza inocente,

judiada, maltratada, feito por pessoas que não tem outra opção (ou tem, também..), para encher os

bolsos de pessoas que sim, por sua vez, TEM opção.

São vários fatores, e eu me perdi.
Comecei o post com a esperança e a vontade ganhando lugar dentro do cômodo mais próximo, mas

agora está um pouco confuso.

Enfim...

Eu não estou em nenhuma categoria.
Aluguei um espaço amplo, e assisto de longe as pessoas baterem a cabeça na parede, e darem

risadas.

No fim, por uma observação bem feita, obrigada, eu entendi que talvez nao seja tudo isso que me

amargurou.
Talvez seja a paixão, a vontade de lutar, e a falta de iniciativa.
Talvez seja quando eu encarei o mundo, e ao invés de tentar mudar os arredores, eu quis abraçar o

planeta todo.
E me senti pequena. Inutil. Vazia.

Desculpas para o meu comportamento à parte, o que me levou ao desabafo foi o seguinte.

Um cara, que nasceu sem os braços, e sem as pernas.
Uma música, sobre esperança, vontade de viver.
A vontade de fazer a diferença...

Ser humano é um caso triste:
Muitas vezes, por mais perfeito que seja, só encara a vida com vontade e gratidão quando vê a

desgraça dos outros.
E não uma desgraça passageira.
Uma desgraça permanente.
E então, essa pessoa que supostamente vive na merda, está sorrindo.
Está tentando.
Está esperando.

Não digo que Deus não existe, a questão não é essa, entenda.
Mas se ele existir, Ele está lá em cima, e vai me cobrar somente depois que morrer, certo?
A diferença, EU irei fazer.
Não acredito que somente rezando e esperando, algo vai mudar. Porque NÃO vai.
Mas a fé pode mover montanhas, e nisso eu acredito, sim.
Porque a fé vem de dentro da pessoa.
Uma fé saudável, pode mudar a vida de quem acredita.
Não precisa ser fé em Deus.
Pode ser fé na humanidade. Na vida. No sentimento.
Qualquer coisa.
Ou simplesmente,
QUERER.
Isso faz com que uma pessoa se esforce.
Bem, a fé e o medo, claro...mas quando se move pelo medo, acho que é uma motivação falsa, para a

pessoa, embora se ela tentar ser alguém para os outros, o problema seja dessa pessoa...
Os fins justificam os meios, certo?

Me distraí, e a questão toda voou, foi embora, escorreu ralo abaixo.
Quando os pensamentos voltarem, e eu concatenar as idéias, eu tento escrever o que eu

REALMENTE queria escrever...
Como tudo, fica para próxima, então.

26 de fevereiro de 2013

tempo, tempo...

Estive debatendo sobre pontos de vista...
Sempre tive a opniao de que cada pessoa e unica, e que todos temos direitos a decisoes.
Independente do motivo, cada pessoa tem direito de viver, escolher, fazer o que quiser, nao invadindo o espaco de outra pessoa, nao tentando alienar a opniao do proximo..
Acabei descobrindo, a cada frase que saia de minha boca, que em algum ponto do caminho eu acabei perdendo muito ou todo o meu respeito, e o meu racicinio logico...
O que antes eu via como maleavel, acabei deixando emocoes e preconceitos tomarem lugar ao ponto da arrogancia.
Sem evidencias, sem fatos concretos, com argumentos insolitos, minhas opnioes foram derrubadas como um castelo de cartas.
O que me irritou, na verdade, nao foi a queda dos meu argumentos, pois eu sabia como eram falsos ou mesmo preconceituosos, ate mesmo egoistas, mas o fato de eu ter deixado, em algum ponto, a arrogancia me dominar, ao ponto de eu esquecer meus principios basicos.
A que ponto a amargura, ou minha decepcao com as pessoas influenciam quem sou agora?
A que ponto minha arrogancia e confianca, ou mesmo pode-se dizer, superioridade, mudaram meus pensamentos?

Uma parte minha discute a cada palavra, e a outra entende e aceita.
Tento formar novos conceitos, novas opnioes a cada descoberta, mas a que ponto eu deixei de aceitar o que vem de novo?
Tento acreditar que ainda sou uma pessoa aberta, mas agora me pergunto...
Na hora em que ouco algo que acredito vir de uma pessoa racional, com argumentos fortes, eu respeito e absorvo. Discuto meus pontos, somente para saber onde esta meu erro.
Mas e na hora que escuto algo de alguem que julgo nao ter valor nenhum para mim?
Nao nesse conceito de que sou superior a todos, mas antigamente costumava acreditar que tudo e todos tinham algo a me ensinar, e que poderia aprender com qualquer um.
Ainda acredito sim, de verdade e firme, que qualquer e toda situacao e conceito pode me ensinar algo...
Mas e quanto as pessoas que eu nao gosto, por motivos pessoais?
Depois de um tempo, eu analiso e absorvo o que tem de real, o que eu entendo, e chego a aceitar quase que por completamente..
Mas na hora, como estou reagindo?

O tempo muda as pessoas, mas quando comecamos a perder em nossas proprias opnioes, algo esta errado.
Ou estamos evoluindo, ou estamos regredindo.
Me sinto um pouco ofendida, por mim mesma, em meu orgulho, por estar sendo tao futil ultimamente.
Estou um pouco ultrajada por alguns pensamentos incoerentes e deprovidos de logica que estou formulando.
Me sinto perdida, de certa forma, ouvindo sair de minha pessoa algo que nao deveria estar dentro de meu cerebro, uma vez que era de opniao totalmente diferente.
Enfim.
O tempo muda, tudo e todos, mas no fim, talvez nao mude nada.

Pontos de vista e molduras...parte 1 (nao sei quando virá a parte 02 hem!)

Esses dias, conversei com um amigo, uma opnião boa, e um ótimo advogado do diabo.

Enfim, nessas conversas de mesa, comentei a minha vontade de fazer tatuagens, e inclusive mostrei algumas ideias.
Ao que recebi de resposta, indagações de porque, o motivo de querer fazer aquilo, ou aquele desenho.
Se sabia o significado.
Respondi que não sabia, embora eu saiba, por um motivo bem pessoal.
Mas eu me pergunto, será que tudo o que fazemos tem que ter um significado universal?
Creio que o fato de estar tatuado em minha pele faz com que o significado principal seja algo que eu entenda.
Se fosse para transmitir uma mensagem ao mundo, para que eu faria em minha própria pele?
Poderia pichar em muros, gritar ao brados, escrever, que seja.
Nao me revoltei contra a pergunta, ao contrario, me fez pensar.

Pensar sobre a mania do ser humano de procurar motivo e razão para tudo o que existe.
Significados ocultos, mensagens subliminares, indiretas...
Mas poxa, quanto tempo perdemos procurando por detalhes?
Muitas vezes, deixamos de apreciar o todo, o resultado, simplesmente por dissecar parte por parte, separar e olhar cada detalhezinho, sem reparar que a beleza consiste em simplesmente...Olhar. Sentir.

Quantas vezes deixamos de olhar algo, simplesmente por ser belo, mas sim por procurar detalhes que, muitas vezes, nao estão lá?
Quem pode dizer o que se passou na mente de um artista, de um escritor ou de um roteirista, ao criar sua obra, o que ele quis dizer, a não ser ele mesmo?

Certa vez, aliás, várias vezes, tive discussões com colegas, e amigos, por defender minha "paixão" pela Disney.

As pessoas perdem tanto tempo criticando e procurando sinais ocultos, ou mensagens subliminares, que se esquecem de ver, enxergar e sentir com olhos e alma de crianças.
Sem esperar maldades, sem querer colocar o proprio ponto de vista, mas sim com olhos e sentimentos, limpos e abertos.
Como algo novo, uma nova opniao, um novo ponto de vista.

Para mim, tenho que mensagens subliminares e afins, nao sao nada mais que interpretações de cada pessoa, ou seja, depende de cada ponto de vista, cada conceito unico.
Se para mim preto e branco resulta cinza, para outra pessoa pode ser algo mais complexo.
Um exemplo infeliz, mas unico que me ocorre agora.
Quero dizer, vamos pegar uma foto, uma simples flor, cercada de sombras e luzes.


Enquanto para muitos a visão seria somente uma flor, para outros significa uma bela flor, e para alguns outros, uma bela flor, numa foto muito bem tirada, manipulada, e nem um pouco verdadeira.

Eu enxergo solidão. Enxergo frio.
Enxergo força para se manter viva, apesar de vários pesares.
Enxergo a vida correndo, e enxergo a dor de existir.
Enxergo um ciclo.
Posso ver varias coisas mais, mas o exemplo foi dado.
Eu enxergo isso, porque e o que eu estou apta a enxergar.
Porque foi o que eu senti.
Muitas vezes, as pessoas colocam seus preconceitos e opniões pré formadas (que resulta quase na mesma coisa, dãa! - embora com diferenças..!) em tudo, e deixam que essa moldura enquadre tudo o que cai no seu campo de visão, na vida.

Voltando ao tema, creio que minhas escolhas, fora o sentimento por cada imagem, que seria algo pessoal demais para ser citado, seja somente escolhas..por sentir?
Nao seria o certo..
Seria mais como algo que voce vê, e sabe que é aquilo.

Como saber que uma pessoa vai ficar em sua vida, independente da posição que ela ocupará..
Como ver uma roupa, um sapato, uma bijuteria, e saber que tem que ser sua.

Simples. Facil.
E um pouco tolo...


25 de fevereiro de 2013

while i thought that i was learning how to live ,
i've been learning how to die.
- Da Vinci


Assim que nascemos, somos paridos com um relógio cruel, que começa a contagem regressiva para nossa morte.
Algumas pessoas apressam esse relógio, querendo ou não.
Cigarros, bebidas, drogas, entorpecentes.
Tentativas de suicidio ou mesmo fast food.
Nossa vida, somos nós mesmos quem controlamos.
Mas iremos morrer. Fato.

Podemos simplesmente escolher o que fazer nesse meio termo, certo?

Estive pensando sobre escolhas e alternativas...Estive pensando sobre a vida em geral.
Como sempre, tento simplesmente ignorar tudo, desde o mundo real ao dia de amanhã.
Evito pensar sobre quem poderia ser, o que poderia estar fazendo, para não ter essa dor de estomago, e não ter que suportar a falta de vontade de mudar o que sei que tem que ser mudado.
Não quero preocupações, não quero compromisso, não quero responsabilidades.
O que isso faz de mim?

Meu relógio biológico me deu uma cutucada esses tempos, e eu entrei em parafuso.
Creio que penso demais, mesmo, mas tenho cérebro e não quero que ele murche...
Mas sabe quando você sabe onde está o erro, e como corrigir, mas sabe também as alternativas, os caminhos bifurcados, complicações e friagens na barriga?
Sabe quando o sentimento ameaça tomar conta de você, vai crescendo aos poucos e te sufocando?
Eu sei o que quero...
Mas são tantas coisas...E são tantas vidas..

Gostaria de ter uma casa num lugar com um quintal com árvores, e que tivesse uma estufa de vidro onde pudesse encarar neve e brumas.
Queria levantar bandeiras de paz.
Queria ser mais, queria ser muito mais.
Sei que posso ter tudo o que me dispor a lutar para ter, mas o problema é...começar.
Esse sempre é o problema.
Talvez seja uma desculpa, e eu simplesmente esteja me escondendo atrás disso, mas...
É a minha verdade.

Aprender japones, praticar meu inglês, fazer academia...
parar de reclamar tanto e fazer mais.
o melhor para mim e para quem me cerca, tentar, tentar e tentar.
Mas só de falar tudo isso, já estou cansada e desanimada.

E depois de tanta luta, qual o combustível?
sempre correr, e correr, e lutar e tentar..o que nos mantém em pé?

O que nos anima a seguir em frente?

se páro para pensar na vida, tudo o que sinto é desanimo...acho que estou cansada.
mas isso fica para outro post....
quem sabe, uma vez aberta, a torneira de palavras que esteve entupida na minha cachola não esguincha de uma vez?




17 de outubro de 2012

This is not the first time, i've been through all this before.
Such a familiar place to be...stuck always wanting more.
Do you remember this time last year?
I thought you'd have noticed; hearts break they don't bend.
Is this the beginning, the beginning of the end?
Do you remember this time last year?
How could I have ever forget a picture so clear?

Do you remember this time last year?
Ever since i've been dreaming, every night, you were here.



The trees look so empty this time of the year. With seasons the colors rise and dim. But by law the leaves are attracted to go down, as so with all things. They say things happen for a reason. Do seasons? Am i painting a picture so vivid?
When the plane went down did you hear "Oh, Donna" from each corner of the compass? You made my body shiver when you cried your tale a river. For that i thank you. My heart goes out to you. You left a dent to this winter. Just know it didnt go unnoticed.


-superstitions of the sky.
``sometimes . it would be nice to actually have a friend .``


quando bate o desespero e eu me sinto pequena, tão pequena que o mundo parece me esmagar, eu penso essas palavras, essas palavras exatas.
e eu sinto o peso da minha solidão, e da minha própria escolha.
vou trilhar o caminho que resolvi trilhar.


se não esse ano, ano que vem começo minha onda de tatuagens.
espero que não seja somente mais uma das minhas promessas inacabadas...