Sinceramente eu nunca fui grande fã de CLAMP, mesmo levando em conta que o que me fez gostar de animes foi Guerreiras ágicas de Rayearth, eu só era completamente louca por xxxHolic. Quer dizer, sou...
Mas, fuçando nos meus muitos sites, descobri por acaso Warau Kanoko-sama.
No começo eu continuei lendo só pra distrair, mas acabei sendo levada.
Acho que é mais por eu me encontrar no meio dele, ou em tudo, um pouco de mim, do que eu fui...
Eu sempre pensei, como poderia explicar de uma forma não tão dramática o porque de não ter muitas amigas de minha idade...
Aliás, de não te-las.
Foi trauma de uma vida inteira de más amizades?
Claro que eu tive amigas interessantes, mas elas nunca duraram grande tempo...
Eu me pergunto o porque...Se é apenas minha falta de interesse, ou o medo que eu tenho, inconsciente, claro. ou não.
Parar pra pensar sobre isso me leva ao fato de que eu teria que pensar sobre mim, avaliar o que eu sou, o que me faz ser...
Isso leva muito, muito tempo.
É entediante. É, acima de tudo, frustrante.
O ponto em que eu realmente fico com raiva é esse, quando eu tento me avaliar, ainda mais sobre esse assunto.
Sou feita de contradições, quantas vezes eu não disse isso?
É frustrante quando eu tenho uma parte, uma opnião definida, e então, eu penso, mas peraí, eu não sou assim, eu não penso assim.
Se eu fosse feita de otimismo, ou apenas de pessimismo, creio eu que seria mais fácil...
Se eu apenas pensasse, Ah, mas é por causa disso, e não ter que enfrentar uma outra dúvida se estou correta ou não mais pra frente.
Eu não gosto dessa indecisão. Eu não sei escolher, escolher me deixa nervsa, me deixa ansiosa demais.
Por exemplo, mesmo eu tendo tido várias experiencias ruins na arte da amizade, eu tive algumas boas, não tive?
Eu sei que dá pra contar nos dedos, mas contam, não contam?
Elas me fizeram ser quem eu sou, sejam boas ou não.
Claro que eu sofri bastante, e desde pequena, esse negócio de ijime, ou simplesmente bullyng...Será que esse foi um dos fatores que me fez insensível? eu me pergunto...
Das vezes em que eu tentei falar e ninguém acreditava em mim, pois eu mesma tecia as teias em que me enroscava, foi isso?
Das vezes em que eu não conseguia falar, e nem mesmo sabia o motivo?
Ou das vezes em que eu inventava histórias e mentiras, e acreditava piamente nelas?
Será das vezes em que as pessoas me olhavam de cima, me apelidavam, será que foi isso que me fez ficar assim?
Mas quando eu páro pra pensar...Desde pequena eu não tenho commom sense (fica mais bonito assim, sabe...) sobre as coisas...sobre nada, eu creio.
Seria ingenuidade? Ou simplesmente eu nunca estive com os dois pés no chão?
Ou era apenas lerda, como me falavam?
Não ser tão atingida pelos comentários, a não ser quando me dizem que é ruim, ou chorar por algo simples e não me incomodar por algo maior?
O que será?
Eu falo que a época em que me tranquei dentro de mim mesma foi sem motivo, foi algo que não foi causado, eu simplesmente comecei a chorar um dia e passei o resto do ano, e mais um ano inteiro desse jeito...
Mas, analisando bem, será que isso não se acumulou dentro de mim, e estourou um dia?
As ilusões em que me afundava, sempre me afundo, continuo assim, até hoje, quando tenho que enfrentar o mundo real...Será que não...
Será que eu apenas fujo, me trancando assim e não querendo viver no mundo, por medo? e não porque é assim que eu sou?
Minha cabeça dói, eu sinto meu peito esticado de raiva e confusão...como sempre. Por isso eu evito me enfrentar. '-'
Enfim, se eu for puxar tudo isso, é realmente frustrante, e não vai me levar a algo algum...
Eu apenas queria postar sobre esse mangá, que fincou uma faca e me fez confrontar os meus fantasmas.
Creio que sair falando sobre as memórias que eu tenho (que não são muitas, então se estão aqui, é porque elas são importantes, certo?) sobre tudo isso seria melodramático demais. não tenho vontade.

Não tenho como falar disso, de uma certa forma me lembra Arakawa Bridge, mas ao contrário.
Os dois me fizeram contemplar por dentro.
Mas Zetsubou sensei é simplesmente um baú de coisas que eu tenho por dentro.
Algo que me toca sinceramente e me deixa com um ar de agrado dentro do peito é como ele sempre tenta se matar mas não quer se matar realmente. me faz pensar. *-* existem pessoas assim, muitas...o que fazer com pessoas como nós que simplesmente pensam realmente, aparece na mente e é apenas uma opção como qualquer outra, e não um meio de chamar atenção?
acho que quando alguem quer se matar (ao menos eu acho, opnião, opnião) ela não pensa em ninguém. é apenas sentimento, certo?
Eu gostaria de falar sobre cada capítulo, minha opnião, o que me fez pensar, me fez lembrar, me fez entender.
Queria, mas simplesmente não sei se será apreciado.
Também, me falta animo, eu queria, mas nem tanto assim. Falar seria melhor, não é?
As folhas irão cair, e eu não irei ve-las novamente.
Mas o ar me traz lembranças, da vida inteira, e de tudo.
Eu amo o outono.
Ahh, uma boa de Sayonara é a parte de quando a garota volta do exterior..
(spoiler) Como mostra, ela se divide, uma vez que no Japão ela não é aceita por ser estrangeira, e no estrangeiro ela não é aceita por ser japonesa.
Lembra muito uma cena (igualzinha) que passei quando tinha cinco, seis anos...
Não é nitido, mas me lembro de alguns garotos que gritavam que eu era de outro lugar, pra ir embora, que eu não era bem vinda, eu era diferente...Lembro até que me jogaram uma pedra, não sei se foi assim.
Mas eu tinha uma amiga, ela me defendeu...acho que foi depois disso que eu comecei a rebater os insultos...Ou foi depois que me falaram que meu pai não me amava por não estar comigo?
Whatever, simplesmente traduz o que um mestiço passa, não traduz?
Não todos, deve ter algo em mim ou em quem passa por isso que conduz essa reação (ou não)...
Não ser aceito em lugar algum, que lugar é minha casa?
É por isso que eu simplesmente não me importo com o lugar onde vivo, me adapto a qualquer lugar?
Digo que não volto pro Brasil por gostar do Japão, mas o que me prende é essa época, acima de tudo. Claro que eu tenho outras tres estações atrás, mas essa é a melhor...
Mas se eu tiver que morar em outro lugar, eu apenas irei acordar e me sentirei como se estivesse a vida inteira ali.
Será que todos se sentem assim?
Não apenas nesse ponto, mas em outras reações e emoções? Por que eu sinto dessa forma?
Uma amiga me disse que minha vida, contada, parece história.
Por isso não conto. Até mesmo para mim, contando, não parece ser real...
Aliás, o que separa o real e o imaginário?
estou esperando pela continuação de Heart no Kuni no Alice, um pouco (ou muito) idiota, mas eu gostei. Ah, e se tiver algo que posso aconselhar, é xxxHolic. '-'
Kobato meio que é fora do ar, mas está no meu #top1 atualmente.
Tentei ler Tsubasa, porque vi que as duas histórias (Holic) se misturam, e foram criadas para se completar, mas...me tira do sério, é muito pra minha cabeça. (não sou grande fã de magias, fantasias ou robôs, muito forçados. kobato é a minha linha limite)
-acho que eu penso e procuro significado demais em coisas que eu não deveria...certo?
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