~Palavras Cotidianas.

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"Nós, homens do conhecimento, não nos conhecemos; de nós mesmos somos desconhecidos."

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''Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.''


Friedrich Nietzsche






Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais.

- José Saramago.


no surprises...

4 de setembro de 2010

vendo a vida como ela é. ou não.

falando em filmes...
estive conversando com o pessoal que divide a mesa e a falta do que fazer, na sony...
bem, estamos sempre conversando, mas há coisas que me fazem querer escrever, mostrar.
enfim, o caso é que eu estava falando de como sou capaz de chorar até mesmo em comerciais...
e li, acerca de filmes que nos fazem pensar na vida...
mas o que nos leva pensar na vida? o que nos leva à emoções profundas, às lagrimas, à pensamentos incontroláveis?
acredito que tudo o que é bem feito, seja uma música, seja um filme, um comercial...tudo é capaz de despertar nossas emoções, nossos pensamentos. tudo o que tenha alma, é capaz de tocar a nossa.
a questão é: estamos abertos para enxergar as maravilhas, com humildade e compreensão, sem pré-julgamentos?
estamos prontos pra nos deixar levar de tal forma por uma arte, por algo além da compreensão, apenas pelo prazer?
qualquer que seja a coisa, um livro, um filme, uma boa noite de sexo, tudo é absolutamente igual em alguns pontos: só fará diferença se estivermos abertos a isso.
por exemplo, o comercial do vento me fez chorar.
por que?
porque eu estou sempre aberta, e sei que quando estou vendo algo, um filme, um comercial, um livro, tudo, são novas portas e janelas que me permitem vizualizar um mundo diferente, pensamentos diferentes. são pontos de vista que não são os meus.
então, quando algo é bem feito, e sua alma está aberta à isso, as emoções são capazes de entrar e achar uma brecha.
por vezes, nos identificamos tanto com algo, que nos emocionamos também.
sei que o modo como estou colocando meu ponto de vista não ajuda, parece algo até meio...ilusório e comercial...
mas o que quero dizer é que estamos sempre tão prontos para julgar tudo, desde uma nova pasta de dente, um filme novo e a vida do vizinho, somos tão embrutecidos pelo cotidiano e pela rotina, que deixamos escapar as sutilezas da vida.
e é justamente aí que residem as maravilhas, coisas que nos mudam, e nos tocam.
por exemplo, eu cito uma comédia romântica, algo bem hollywoodiano, e que me fez chorar...
vamos ver...como Meninas Malvadas, filme que tem mega importancia na minha vida, com Rachel McAdams e Lindsay Lohan.
Claro que não é algo exatamente intelectual, nem nada...mas me emocionou.
Por que?
porque não são coisas que irão acontecer exatamente da mesma forma na vida das pessoas, mas sim, são sentimentos que acontecem na vida de todos. ou quase.
a rejeição, o sentimento de estar deslocada, a vontade de ser popular, amada e admirada. coisas que qualquer adolescente quer.
a aceitação, as intrigas, a dor de ser rejeitada. absolutamente comum.
e o fato de uma pessoa ter conseguido por isso tudo em uma tela, com a participação e a atuação em conjunto, isso tudo merece crédito.
os livros me levam ainda mais longe, mas como eu disse a um amigo, uma pessoa que realmente gosta de ler, gosta mesmo das palavras, ela não apenas lê um livro e o deixa de lad.
ela vive aquele momento.
gostar de ler não é passar por cada palavra e tentar tirar a profundidade. gostar de ler é você se entregar sem reservas àquilo.
é você passar tão rapidamente pelas palavras, que nem parece que são palavras escritas.
é você se entregar às emoções, é você não ver as palavras, mas sim as cenas, como se estivesse vendo pessoalmente, em sua mente, cada parágrafo.
é viver, é sentir. É se deixar levar.
tudo tem a capacidade de nos levar.
mas, pra isso, é preciso deixar as correntes e as amarras de lado.
estamos tão presos, tão céticos, que nos tornamos cegos às maiores maravilhas que é viver.
passamos todos os dias pelos caminhos, sem realmente enxergar. sem realmente sentir;
também acho que o que mata uma relação, o que mata a alma de uma pessoa, não é a rotina, o tédio.
é o fato da pessoa se deixar prender pelas armadilhas. é uma desculpa,
claro que nos sentimos cansados de tudo, muitas vezes a vida perde o sentido e o sabor.
mas se pararmos pra relaxar as tensões, reservarmos um momento absolutamente nosso, deixar a mente relaxar e voar livre, então tudo terá um aspecto diferente.
parou pra reparar como as folhas das árvores mudam de cor conforme a luz, o vento?
como cada dia, algo muda em seu caminho?parou pra reparar como as nuvens estão rápidas, ou lentas, como o céu muda rapidamente?
como o azul de hoje é menos intenso que o de ontem, que o vento trouxe novos cheiros?
reparou que seu marido, ou mulher, ou colega está diferente?
que nada, nada absolutamente é igual, nunca?
convivemos tanto tempo, que paramos de perceber as mudanças sutis que ocorrem em nossa alma e na dos que nos cercam.
isso não é apenas uma filosofia barata de boteco, é um modo de viver. é uma escolha.
como tudo na nossa vida.
ser capaz de se encantar pelos mínimos detalhes e dar valor, é um dom.
algo que eu não quero perder.
as coisas nos pegam de surpresa, se não estivermos esperando por elas.
quando esperamos demais das coisas, das pessoas, da vida, acabamos por levar tombo atrás de tombos, e por nos resignar e ver menos do que realmente é.
acabamos por perder a fé e esperança na vida. por deixar passar a maravilha de estar cercada de vida.
por menos que eu me ame, por mais que eu odeie fotos e espelhos, por mais que minha alma esteja confusa, eu sempre tento ver a vida.
porque sei que o fato de estar viva é uma...benção.
e Deus sabe como odeio essas palavras clichés.
Mas não há nada mais forte que o fato de você encher seus pulmões de ar, mesmo que seja poluido, e sentir cada som, cada cor ao seu redor.
você abrir seus olhos, de repente, e ver o mundo, esquecer de você mesmo um instante e não pensar em absolutamente nada, deixar os sentidos e o mundo entrar em você, se entregar pras sensações. ver o pôr do sol, a cada dia, e sentir como nada tem importância, como nada tem sentido, apenas a vontade...
você sentir intensamente, com vontade.
você estar aberto, de coração e alma, à tudo que te cerca.
então, você vai ver, que nenhum dia, por mais que pareça, é igual ao outro e desprovido de encanto.
basta você procurar e vai encontrar motivos sutis pra viver. e se divertir.
isso também serve para as pessoas que nos cercam.
somos tão absolutamente diferentes, existem tantas opniões, pontos de vista diferentes, tanta coisa para se aprender!
mas acabamos nos tornando tão amargurados sem saber, que não esperamos lições e pontos diferentes, mas sim pedras e espinhos.
mas se passarmos por cima de todas as coisas ruins que as pessoas nos mostram, então, e só então, seremos capaz de ver as particularidade, as qualidades, as bondades de cada pessoa. sem utopia.
todos temos defeitos e qualidades, temos apenas que saber que nunca seríamos bons sem essas duas características. elas são como contrapeso, uma para a outra.


mas falando de filmes, vou rever 10 coisas que odeio em você, Deixe-me Viver, inteligência artificial, e o que eu achar de velho.
de novo, eu pretendo assistir O Mundo Imaginário de Doutor Parnassus, que estou com vontade há um século e meio, Greenberg, Tudo pode dar certo, filme de woody allen.
aconselho muito Choke, dos diretores de clube da luta, se não me engano, Cold Souls, magnífico, e sim, feito pra se pensar na vida.
June and July, filme lindo também...

me ocorrem nomes dos filmes que marcaram minha vida, meus preferidos...
como Mulheres perfeitas, Melinda e Melinda, As Horas, Delírios de Consumo de Becky Bloom, Sete Vidas...
Aliás, falando de will smith, tenho que lembrar de Hancock.
nossa, assisti mil vezes e chorei tanto, mais tanto!
muitos me perguntam se sou idiota, sei que é ação, mas....
vem cá, alguém reparou em como o cara era desprezado, apenas porque a reggra geral é que teria que se desprezar ele?
ninguém agradecia de estar vivo, apenas viam os defeitos, o modo...
acho que é como vivemos, hoje em dia.
em vez de termos a humildade de ficarmos feliz, e dizer obrigado, estamos sempre prontos, com vinte pedras nas mãos e mil críticas na língua.
tudo é sempre ruim, nada nunca está bom o suficiente.
estou viva, mas e daí, ele acabou com a estrada!
sempre reclamamos, mesmo quando tudo o que temos que fazer é calar a boca e agradecer.
do fundo do coração.
a vida com certeza é uma merda, se encaramos dessa forma.



p.s. - então, o comercial do vento me emocionou por motivos egoístas.
eu vejo que as pessoas não tentam compreender umas às outras, estão sempre prontas para julgar...
por que aquele fulano faz daquele jeito? e então, ficam com raiva e maltratam.
mas temos que ver que agimos como bichos acuados, que quando se sentem deslocados e ameaçados, agem de forma instintiva.
na ocasião, me lembrei de uma garotinha que eu adorava, e que tem algo parecido com o que eu tenho, mas em graus muito, muito maiores.
uma doença que retardava sua vida, sua mente, e deixava ela aprisionada.
comanda a vida e destrói.
claro que nós, humanos reles e comuns, perdemos a paciência.
mas como será pra essas pessoas, viver sendo daquele jeito e não conseguindo mudar?
tenho um pouco disso em mim...
querer mudar algo, querer não ter meus dias nublados como tenho, mas incapaz de mudar essa repetição..
e então, quando surge a oportunidade, alguém que nos vê como somos...que nos dá a chance de provar o potencial..
alguém que não consegue se emocionar vendo esse comercial, pra mim, é uma pessoa de pedra.



comercial da sony bravia1 e comercial 2., porque não, não é porque eu trabalho na, mas porque, vamos lá...temos que dar crédito né?
assistam isso na televisão, com alta qualidade!
é a coisa mais linda...se bem que eu vi como foi feito..
mas quando assisti ele inteiro, me deu um nó na garganta...
não, eu não chorei nesse...se bem que...
acho que eu gostei de quase todos, da sony bravia.
uma jogada de marketing incrível.
da coca também, é tão criativo e inteligente!!


vale a pena ver também:
Johnny Walker.
se todo comercial fosse assim..mesmo!

criança vê, criança faz. O melhor comercial que eu já vi. me fez chorar tanto, mas tanto...!

mas não tanto quanto esse, do dia das mães, e esse, do câncer.
tem que ser sem coração pra não se emocionar.
não digo ser levado às lagrimas...
mas pelos menos, reconhecer como isso é...doloroso e profundo.
e se for vendo nos links relacionados, são tantos comerciais lindos, que eu tô chorando que nem boba agora...
e, pra variar, revoltada com o mundo.


esse, ao contrário, me fez rir.

é incrível a capacidade e o potencial humano.
pena que a inteligencia não seja sempre tão bem canalizada!


e esse, do greenpeace...




acheeeei! do all american rejects...procurei que nem louca... mas valeu a pena..chorei demais nesse!!!

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