é tão reconfortante saber que realmente, os amigos que conquistamos compõe a família que nos é permitido escolher, e que, realmente, amizades podem suplantar longas distâncias e tempo.
E não me sinto, então, tão perdida nesse meu mundo isolado.
Nessa galáxia distante em que me escondi.
Enfim.
Tenho pensado no que quero ser, e no que não quero ser.
Cansei de só reclamar, dias e noites inteiros.
Mas é assim que sou. E posso mudar.
Pois sou EU, e ninguém mais.
Esses dias, li o site de um antigo conhecido, e vi como as pessoas que me cercavam evoluíram, enquanto eu permaneço presa ao meu mundo de faz-de-conta e fantasias.
Nessa bolha frágil e delicada, que sobrevoa a realidade.
Sempre que algo me ameaça, tenho onde repousar a cabeça e evitar o medo.
Mas o que me acontecerá se um dia não for mais assim?
Será que eu me deixarei levar pela queda vertiginosa e irei me espatifar no chão, rompendo em mil caquinhos de um espelho que não poderei mais juntar, refletindo tudo aos pedaços?
Ou será que tentarei portar com dignidade essas rachaduras, meus buracos?
Do que eu sou feito, de que árvore eu caí, afinal?
Tantas dúvidas, e sempre me perguntando porque, querendo descobrir algo, no que me transformar...
Mas continuo sendo um espelho, que absorve o que tenho ao redor, sem confiar, sem me marcar.
E ninguém marca em mim, ninguém invade meu reino de faz-de-conta, na realidade, mais ninguém.
Irei continuar me refletindo, quem sabe um dia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
bem vindo ao mundo alheio, esteja a vontade para comentar a vida de outrem.