~Palavras Cotidianas.

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"Nós, homens do conhecimento, não nos conhecemos; de nós mesmos somos desconhecidos."

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''Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.''


Friedrich Nietzsche






Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais.

- José Saramago.


no surprises...

9 de março de 2010

Overweight. Blue October.

I don't wanna lie, no more, never more.

Eu quero poder olhar no espelho e sentir nojo apenas do meu físico, não do meu todo.
Quero ser apenas uma novamente, um espelho com uma moldura, não um espelho quebrado.
Quero tentar juntar os cacos, um por um, e embora sempre vá me faltar uma parte essencial, uma parte que não deveria faltar, eu quero tentar ser uma novamente.
Não me importar mais, não sentir mais assim.
Quero ser mais um espelho nesse mundo.
Reflita o momento e jogue fora todo o resto.
De que me serve isso tudo, afinal?
Quero um mundo sem pensamentos voltados para a realidade, a realidade me deprime, me cansa.
Quero escrever meu livro.
O livro.
Um livro que fale sobre as folhas que caem e são sopradas ao largo pelo vento.
Folhas que se encontram brevemente e são varridas pela força do destino.
Algo como "estou feliz por ter finalmente te encontrado, mas tão triste pela situação não ser favorável..!"
Quero poder dizer às pessoas que eu me importo, sim, por vezes, com algo que não seja o meu próprio mundo, egoísta e isolado.
Quero as janelas abertas, quero luz, quero um pouco de paz, faça isso ir embora!
E quero continuar ouvindo as vozes em minha mente, embora isso me atormente e me deixe triste, isso me faz igualmente feliz...
Quero olhar para a chuva, quero olhar as paisagens que passam por mim sem pensar em novos ângulos, em novas imagens, sem pensar no que poderia ser e o que eu diria em outra situação.
Quero ser uma novamente.
Quero ser inteira...
Mas sei que talvez eu não consiga.
Há algo de realmente prazeroso em se destruir, pouco a pouco, todos os dias.
E como todo arco-íris tem seu fim, eu lamento o final da minha chuva.
Dias ensolarados são realmente assustadores.





"I want to learn to walk with others as an equal
I want to treat the ones who love me with respect
I want to tell the world I'll give them all a piggyback
And try to take away my negative effect..."




Ouvindo Next to Nothing de Breaking Benjamin.
EU tentei, mas juro que isso não irá passar, e a cada música, a cada filme, eu pensarei.
Leave me NEXT TO NOTHING. eu voltarei.
Quebrada e destrída, essa sou eu.
Mas sou tão profundamente feliz, tão miseravelmente triste, e tão desesperadamente perdida!
O que fazer, com o que não se quer ter, por dentro?
Arranque isso de mim, são como raízes brotando e me levando cada vez mais para o fundo, o fundo do começo, o fundo do fim, o fundo do mundo!
E como Alice, quero apenas me perder e me encontrar, no final.
Voltar ao corpo adormecido e poder esticar e suspirar aliviada por tudo ter passado.
Mas tal como Alice, eu nunca seria a mesma. Improvável. Impossível.
Guardo as marcas, indeléveis.
Sinto e Ressinto.
Me odeio, afinal.


Ponto final.

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