~Palavras Cotidianas.

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"Nós, homens do conhecimento, não nos conhecemos; de nós mesmos somos desconhecidos."

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''Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.''


Friedrich Nietzsche






Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais.

- José Saramago.


no surprises...

23 de janeiro de 2009

"Às vezes para e penso um pouco.
Mas quando eu paro e penso esse pouco, sinto que não há absolutamente nada em mim.
Então vem a paz, e com a paz, as ondas de....peraí, ondas?
Não, não sei, eu parei para pensar na expressão de quem tem mania e fala Eu tava pensando.
Mas sabe, creia-me, meu pensamento nunca pára.
E o seu ?
Claro, eu tento, e Deus sabe COMO eu tento, uma vez que me estresso comigo mesma pelas formas que me invadem a mente.
Formas, palavras, sussurros.
Como pequeninos seres sapecas que entram em casa à noite, aproveitando-se do fato de sermos simples e meros mortais, cegos à delícia ao nosso redor, e surrupiam de nós as várias respostas da ponta da língua, ou mesmo as mais simples exclamações e suspiros.
São seres que, como os estranhos devoradores de livros (sim, sou uma delas..!), se valem das palavras para existirem.
Mas esses serzinhos, essas fantásticas criaturas conseguem enxergar a beleza de se pronunciar um palavra, de se ler, se interpretar, se ouvir. Que seja.
Essas criaturas, por vezes muito perversas, acabam por surrupiar os nossos pensamentos, o que nos leva de volta ao meu tema original, que diz o fato de não conseguir refrear o fluxo de palavras que inundam minha mente.
E então, temos pequenos, brevíssimos porém deliciosos, momentos de tranquilidade, em que, com expressões completamente obsoletas, nos perdemos no meio de...nada!


Incrível, eu lembro quando uma professora, creio que no Ensino Fundamental, nos disse que o pensamento é um fluxo constante, não tem como não pensarmos, o que nos leva ao blá-blá-blá todo da frase "Penso, logo existo", embora eu prefiro a versão "Existo, logo Penso".
Mas deixemos isso de lá, ela mencionou o fato do pensamento ser constante, mesmo quando parece que não pensamos em nada, estamos pensando, se pararmos para "pensar".
Afinal, você está quieto, olhando prum ponto que mais ninguém enxerga, e quando alguém faz pouco caso e ameaça rir, você inventa e diz estar pensando, vejamos, na morte da bezerra.
Esses dias tentei não pensar em nada, e vejam só, me peguei pensando em como seria poder não pensar, o que é claro, eu não iria querer.

Mesmo que me estresse com pensamentos nada a ver, que me atormentam dias e dias, como o porque de ter que gostar de certas datas que nada tem a ver, como quartas, apenas porque, para mim, que nunca trabalhava de sabado, era o meio da semana.
Isso ainda tem justificativa, mas não me vem nenhum outro tipo de exemplo à mente.

Bem, vamos lá.
Essa professora disse. Está certo.
Mas mesmo tendo dito que meus pensamentos me deixam histérica, o caso é que fico mais estressada pelo fluxo constante e a pressão deles.
Mas, contrariando o que a Fessora falou, muitas vezes, mais exatamente depois de passar dias e dias lendo livros atras de livros, me perco em mim mesma, e quando tento lembrar o que estava a pensar, apenas um grande e branco vazio em mim, me responde.
Me assustava, no começo, porém tenho tido cada vez mais e mais brancos memoriais, o que me leva a pensar que é apenas estresse cotidiano.

Ah, essas palavras ainda irão me arruinar.

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