~Palavras Cotidianas.

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"Nós, homens do conhecimento, não nos conhecemos; de nós mesmos somos desconhecidos."

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''Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.''


Friedrich Nietzsche






Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais.

- José Saramago.


no surprises...

27 de janeiro de 2009

Free Hugs.

Creio que nunca me canso de assistir.
Ao menos uma vez por mes, lá estou eu, de novo, com esse vídeo.
A verdade é que simplesmente me impressiona a força de vontade de alguns.
A bondade, perseverança e humildade.
E o fato de que como um abraço pode fazer a diferença no dia de uma pessoa.
Um abraço, como também um sorriso, uma palavra...Ou um único gesto.
Poucas coisas, que atualmente já não se tem mais valor...
Coisas que são trocadas por computadores, roupas de grife, sapatos, carros, acessórios sem vida e sem valor...Diante da grandiosidade de se sentir um simples toque de calor e afeição.
Seja do seu cão, seu gato, seu peixe.
Todos sentimos. Todos vemos.

Não importa mais se já não temos um sorriso, substituimos facilmente isso pela tecnologia e dinheiro.
E o que mais me dói, é que esse fato se propaga.
E atinge também as crianças.
Não querem mais brincar, serem criativos e imaginar.
Tudo vem pronto e embalado.
O carinho vem em formato de familias de bonecas e casinhas com mais luxo do que um trabalhador honesto poderia sonhar em ter realmente.
E claro, mais caro também.
A atenção, o apego, vem em formato de robôs com super armas, multifuncionais, que se transformam, inclusive, em celular.
Incrível, tudo tem jeito.

A ausencia dos pais é justificada como a procura pelo melhor para seus filhos, pais ou o que quer que seja.
E as crianças nem sentem falta, afinal, nem sequer sabem o que é isso.

Me indigna ver como tudo é frio e cinzento num país tão evoluído, como, aliás, na maioria dos países que se dizem evoluídos.
E se não é evoluído, é ignorante.
Como países que se apegam em crendices e blah blah blah´s.
Mas claro, isso não é da minha conta.
Não irei questionar os motivos, prós e contras.
Não vou mudar.
Não sozinha.
Claro, me indigno, choro muitas vezes de raiva e frustração, vendo crianças pequeninas sozinhas, com chaves de casa, e celulares como adultos, sem imaginação ou criatividade nenhuma.
Afinal, que graça teria uma garrafinha com um formato legal, que poderia se transformar num ótima motivo de diversão...Se pudesse ser transformada em algo criativo por mãos inteligentes, claro.
Pois do contrario, não passa de um simples recipiente...Plástico.Poluente.Sem motivo de existir a não ser abrigar seu conteúdo facilmente descartável, dentro de um estomago repleto de besteirinhas.
Mas não, não é da minha conta, não é o meu filho, eu não posso me intrometer e sim, muito bem, lá se vai mais uma pequena pedra de gelo para um mundo sem sentimento e pudor.
Mas tudo isso soa tão brega e hippie, e paz e amor e etc...
Falo, falo e falo, mas minhas nádega continuam pregadas ao pedaço de couro sintético super macio, numa cadeira confortavel e reclinavel, que, incriveeeel, gira numa velocidade estupenda!
Nada disso é mais novidade, nada disso tem sentido.
Para que teria afinal ?
Sou apenas mais uma voz no mundo, pedindo...
O que, o que eu quero?
Mais carinho e compreensão?
Que as pessoas passem a enxergar as cores e a vida ao redor?
o que eu quero afinal?
Nem todos conseguem abrir os olhos do mundo físico juntamente com os olhos da alma, ou seja lá como for que você classificaria.


Nem todos percebem os movimentos sutis das nuvens correndo, ou do vento agitando as sombras de uma árvore.
As folhas que dançam e cantam, numa suave sincronia com o mundo.
Mas existem aqueles que percebem.
Mas então o mundo chama, e isso já não tem mais importancia.

Nada mais tem importancia, e o sentido disso tudo já se vai, se mistura e se perde com o balanço dos meus dedos no teclado e a promessa de novas e encantadoras aventuras no mundo da tecnologia.

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