Se ao menos minhas duas partes fossem um pouco parecidas...
Mas a única constante é que ocupam o mesmo corpo.
Então, isso me deixa confusa, sobre o que eu realmente sou.
Será que eu sou tão influenciável? Será que eu sou mesmo um espelho?
Isso significa que eu não tenho uma personalidade real, certo?
Então, ao mesmo tempo que eu realmente não acredito, eu desesperadamente quero acreditar...
Ao mesmo tempo que eu simplesmente não me importo, eu me importo demais. Ao mesmo tempo que eu não amo nada, eu amo a todos. Ao mesmo tempo que eu não estou, eu quero estar.
Isso me confunde, me arrasta.
Será que existe uma bondade, uma compreensão, alguém que é capaz de se doar?
Será que eu sou realmente assim?
Quando eu posso, quando eu quero, a maior parte do tempo eu quero ficar sozinha, não acreditar, não me importar. Eu realmente não me importo.
Mas assim que eu me vejo em um lugar onde não estou sozinha, sem sequeer ter controle, sem pensar, sem realmente me dar conta, eu sou outra.
De 8/80, eu simplesmente sou o meu completo oposto.
Me diga, qual sou eu?!
O que me faz ser?
Eu queria realmente me importar sabe, realmente sentir. Realmente ser capaz de ser alguém pra quem as pessoas vão voltar. Alguém capaz de ser.
Alguém.
Mas eu não sou, e realmente, eu não quero. Isso me deixa confusa.
Você sabe, você viu..minhas duas partes...
me diga então, o que eu realmente sou?
Porque, por mais que eu tente ser quem eu acredito que sou, trancada dentro de mim mesma, sem precisar de ninguém, por que então eu não controlo? Minha euforia me faz sentir um cachorrinho, filhote, empolgado pra fazer parte do universo de todos, rir com todos, me expressar, ser compreendido.
Antes de tudo acontecer, eu acho que eu meio que ainda me importava, eu sei quando eu mudei de vez. Eu sei as etapas.
Então porque eu....eu não consigo mais me expressar.
Mas o que eu sei, é que ao mesmo tempo em que eu realmente não acredito em nada, eu acredito em coisas que alguém como eu não deveria.
Eu não sou, eu não sei ser.
Mas será que as coisas que eu sei, as coisas que eu guardo em meu coração, que eu desesperadamente quero deixar fluir, será que essas coisas um dia irão apoiar alguém?
Será que as coisas que eu guardo em mim como tesouros, será que minhas palavras irão correr com a correnteza?
Será que não irá simplesmente secar, empoeirar, virar história distante e esquecida?
Será que eu vou ter as palavras e o conforto?
Então, eu admito que realmente, é dificil estar viva, ser alguém.
É mais fácil simplesmente não ser.
E que seja o que tiver que ser.
covarde.
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